Primeiro exame médico em Québec

Como eu havia contado no post anterior o médico me pediu uma série de radiografias de minha coluna vertebral e me disse para ir à Clinique St-Louis. Isso aconteceu na terça-feira. Na quarta foi a primeira neve do ano e eu fiquei com muita preguiça de esperar o ônibus 25 (que passa a cada 30mn) e resolvi ficar em casa fazendo brownies.

***

Hoje, quinta-feira, acordei decidida a ir fazer o raio-x por volta das 11h muito embora a preguiça continuasse firme e forte. Às 10h30 meu telefone toca. Acreditem se quiser mas era o médico que me atendeu perguntando se eu não havia ido fazer o exame porque ele não tinha meu resultado. Eu caí da cadeira. Nunca, seja pela rede pública ou privada, eu recebi o telefonema de um médico porque eu não fiz o exame pedido apenas 24 horas depois.

Claro que morri de vergonha de não ter ainda providenciado o exame e corri para a clínica. Cheguei lá às 11h30 em ponto. Me dirigi à recepcionista a quem dei minha carteirinha da assurance maladie e a requisição. Às 11h33 eu estava na sala de espera. E... exatos DOIS MINUTOS depois me chamaram para fazer o exame.

Me surpreendi pela quantidade de radiografias demandada. Umas oito, pelo menos. Após realizá-las me pediram para esperar um pouco para ver se estavam boas. Como me movi tive que refazer duas delas e fui liberada. Exatamente às 11h50 eu estava saindo da clinica.

E foi assim a minha primeira experiência médica no Canadá. Uma consulta rápida e completa, um telefonema do próprio médico fazendo o acompanhamento e a realização de um exame de raio-x imediatamente.

Sei que muitos tiveram problemas com o sistema de saúde canadense. Sei que essa foi apenas a minha primeira experiência. Sei também que não foi nada grave. Mas, eu não tenho nada, absolutamente nada, do que reclamar. Estou encantada.

Update: 4 horas e meia depois de fazer a radiografia o telefone toca. Era o médico dizendo que recebeu os resultados. Explicou detalhadamente que meus ossos estavam todos no lugar e concluiu que meu problema é muscular (o que eu achava mesmo) e, portanto, o remédio prescrito deve resolver o problema. Continuo maravilhada com o atendimento que recebi.

***

Apesar de minha experiência positiva sei que o sistema de saúde daqui tem problemas. Já li vários relatos negativos, já vi matérias negativas na tv ou no jornal. Então aconselho a quem está lendo esse blog para obter informações sobre a qualidade do sistema de saúde daqui que continue pesquisando. Leia vários relatos, matérias e estudos. E forme sua opinião.

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Primeira visita ao médico


Há cerca de um mês estou com uma dor nas costas horrível. Começou na região do ombro e ao longo do tempo "subiu" e agora dói o pescoço, sobretudo a parte superior dele.

Eu odeio médico. Para mim ir ao médico significa muita dor e incapacidade de acabar com ela eu mesma. A última vez que eu tinha ido ao médico foi no Brasil no começo de 2010 porque depois de lutar sozinha 10 dias contra uma gripe/virose/amigdalite braba a danada acabou com meu ouvido. Quando resolvi ir ao médico estava a um passo de ter que perfurar o tímpano tamanho era o estrago. Enfim, por isso quando a dor começou eu estava certa que resolveria com relaxante muscular, anti inflamatório contrabandeado do Brasil, compressa e banho quente. Bem, quatro semana depois não tinha melhorado. De tudo a única coisa que fez cosquinha foi o anti-inflamatório, mas ele acabou.

Dai me restaram três alternativas: conviver com a dor, ir ao chiro ou ir ao médico. Eu estava cansada de conviver com a dor e meu plano de saúde que paga parte do chiro só vai valer a partir do mês que vem então me sobrou o médico.

O médico... Um senhor que eu já não gostava de visitar. E cuja ojeriza só foi agravada pelos relatos de esperas intermináveis que resultavam em receitas de tylenol e exames marcados para o ano de 2064.

Mas, enfim, tava doendo, né?

Ontem aproveitei que não estou trabalhando essa semana e que eu tinha um almoço com amigos no prédio do Delta no boul. Laurier onde tem uma clínica de médicina familiar. Respirei fundo e fui.

Cheguei lá por volta das 17h. Tinha umas 4 ou 5 pessoas na sala de espera. Me sentei pensando que médicos aqui deveriam ser mutantes. No Brasil uma sala de espera de 5 pessoas resultaria de uma espera máxima de 25 minutos porque ultimamente não via médico ficar mais de 5mn com o paciente. Mas, os relatos aqui eram de esperas intermináveis. Então os médicos daqui deveriam ficar uma hora com cada paciente e eu esperaria 5 horas.

Tudo bem, eu trouxe um livro!

Menos de 10mn depois me chamam. Como assim? Já? Cadê a espera que me prometeram? Ah, é a enfermeira fazendo triagem. Tá explicado. Como estou com dor no pescoço e sem febre (logo não é meningite) vão passar todas as crianças espirrando que chegarem na minha frente. É por isso que vai demorar 3644673 horas até que eu seja atendida pelo médico.

Bem, fui lá relatar minhas dores à super atenciosa enfermeira. Ela me fez um milhão de perguntas, anotou tudinho e verificou minha pressão. O que eu achei mais legal foi que ela me assegurou que eu tinha feito a coisa certa em procurar o médico. Porque na minha cabeça anti-médico dor no pescoço pode doer mas não é doença. Entende? Eu acho que estava esperando alguém mandar eu ir para casa continuar tomando tylenol e não ficar ocupando lugar na fila do povo realmente doente.

De volta à sala de espera depois de uns 15mn com a enfermeira. Se fosse no Brasil depois de eu ter dito isso tudo à enfermeira tenho certeza que eu iria entrar no consultório 1 minuto, o tempo do médico me entregar a receita que ele já teria feito com base nessas informações. (pausa para explicar: eu tinha médicos ótimos no Brasil que podiam fazer consultas completas. Mas, quando eu ia em médico desconhecido, sobretudo os mais novos, a consulta era relâmpago. Exemplo: em 2010 quando fui por conta do meu ouvido eu verifiquei no relógio. A consulta demorou exatos 6 minutos). Estava ansiosa para saber como as coisas iam se desenrolar por aqui.

E não é que menos de 10mn depois de eu ter saído da triagem me chamam de novo. Como assim? Cadê minha espera de 384655784 horas? Quando vou conseguir ler meu livro que peguei na biblioteca e carreguei até lá? Acho que vou processar o governo do Québec por propaganda enganosa.

Enfim, guardei o livro não lido e me resignei. Vamos ver o tal médico.

E o médico era um senhor de seus 50 anos, franzino, com a maior cara de médico do mundo. Sabem aqueles médicos de cidade de interior em filmes de hollywood? Era ele! Igualzinho.

Muito simpático ele confirmava o que eu já havia dito à enfermeira. Fez testes de reflexos. Apertou minha coluna toda para saber onde doía. Disse o que ele acreditava ser o problema e.... prescreveu um raio-x e anti-inflamatórios. Isso tudo durou uns bons 20 minutos.

Acho que achei meu médico ideal: não tive espera, tem cara de médico de verdade, é simpático e ainda receitou algo diferente de tylenol e advil. 

- Dr. o sr. tem vaga para ser meu médico de família? 

Claro que não né gente. Pelo menos com relação a isso a lenda estava correta.


****

O raio-x devo fazer na clinique St-Louis e segundo o médico como é sans rendez-vous é só chegar lá e fazer. Se a preguiça permitir eu vou hoje mesmo e coloco um update dizendo se consegui fazer logo ou se vão apenas marcar para 2058.

Tempo total entre chegada na clínica e saída: 1 hora.

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Visita ao Parlamento de Québec

Aqui na cidade de Québec fica o parlamento ou a Assemblée Nationale. O prédio, construído entre 1877 e 1886 e situado na parte alta da cidade, entre a René-Lévesque e a Grande-Allée é um dos marcos da cidade.


Hoje finalmente pude fazer a visita guiada ao Parlamento. E adorei. É algo que realmente vale a pena, pois além de poder apreciar a arquitetura do prédio o guia nos dá inúmeras informações sobre o funcionamento do sistema politico québecois e canadense. Após os 30 minutos de passei sai de lá entendendo bem mais como tudo funciona por aqui. E o melhor: a visita é gratuita.

Além da visita guiada é possível assistir a  sessoes do parlamento ou de uma das comissões parlamentares. Infelizmente nas segundas e sextas não hà sessão pois os parlamentares estão em suas respectivas regiões. Mas espero conseguir ir até lá assistir a uma sessão assim que possível.

Também é possível comprar um souvenir na loja do parlamento, fazer um lanche na cafeteria ou mesmo almoçar no lindo restaurante do parlamento - o que eu, sem dúvida, pretendo fazer um dia.

Ao lado do prédio principal do parlamento fica a biblioteca do parlamento que também pode ser visitada - e utilizada - por todos. Visitando-a e vendo tantos livros de direito, tantas compilações de leis, não teve como não me lembrar da época de minha especialização em Coimbra onde passei meses debruçada em textos jurídicos assim como muitos faziam nessa manha de segunda-feira na Bibliothèque de l'Assemblée Nationale.


***

As visitas guiadas podem ser feitas em francês, inglês, espanhol e italiano. Os horários de funcionamento estão  no site da Assemblée Nationale du Québec.

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Supermercados: IGA

Chegar em um novo país é reaprender tudo. E, no meio disso é saber qual o melhor supermercado para você. Pensando nisso resolvi escrever minhas impressões sobre as principais cadeias de supermercado daqui. E, como ontem eu fui ao IGA vou começar por ele.

O IGA não é o supermercado onde eu vou mais frequentemente pelo fato de que não tenho carro aqui e outras redes são mais perto de minha casa. Mas, é uma rede bastante presente em Québec. Relativamente de casa tem 3 supermercados dessa rede, um no chemin St-Louis, outro no chemin Ste-Foy e outro no chemin Quatre-bourgeois. Esse último é um IGA Coop e maior dos três.

(o google maps não indicou o IGA que fica no Ch. St-Louis, mas ele fica bem no começo da rua, perto do bois de coulonge)


Não tenho um PHD em supermercados mas pelo que pude observar o IGA não é uma rede popular. Claro que toda semana tem suas promoções, mas não é aquele supermercado onde a média de preços é mais baixa. Para mim o IGA é aquele local onde vou para comprar coisinhas gostosas. Eles tem uma enorme variedade delas, pois além de muitos de produtos locais, tem uma padaria bem variada, e muitos, muitos produtos importados. Acho que lá eu encontraria qualquer produto esquisito pedido naquele livro de receita maravilhoso que eu tenho mas nunca fiz nenhuma receita porque com certeza não teria achado metade dos ingredientes em João Pessoa. Ah, já ia esquecendo, além disso tudo eu acho que o IGA tem uma das carnes mais saborosas dos supermercados daqui.

No IGA é possível acumular pontos com o programa do Airmiles, então é uma boa idéia se inscrever nele antes de fazer suas compras. Além disso toda semana, se você gasta mais que um determinado valor (70 doláres eu acho) você ganha um produto (uma barra de chocolate, por exemplo).

Por fim um conselho: não vá até lá de barriga vazia, porque senão você vai sair com o carrinho cheio de besteiras deliciosas, o que pode ser um problema para o bolso e também para aquele regime que vai começar na próxima segunda-feira.

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Relações familiares no Québec

No Brasil os laços familiares são muito fortes. Eu sou do nordeste onde creio que eles são mais estreitos ainda. Para nós não é estranho o filho morar com os pais até concluir o curso universitário ou  mesmo depois até conseguir uma estabilidade financeira que permita ter um padrão de vida tão bom - ou melhor - quanto o de sua família. É normal que pais paguem a faculdade dos filhos, que a família se reuna aos domingos, que se moramos longe nos falemos regularmente. É nosso costume passar as festas juntos sempre que possível. E, quando a velhice chega para alguns de nossos familiares nada mais justo do que trazê-los para morar conosco.

Mas, no Québec, a dinâmica familiar não é a mesma.

De acordo com meus amigos do Québec o mais comum é que o jovem saia de casa antes  mesmo de começar a universidade. E ele vai então começar a trabalhar para pagar a mensalidade, o aluguel (invariavelmente dividido com outros estudantes), a comida, as baladas... Claro que tem pais que pagam por tudo isso mas, ao contrário do Brasil, é bem comum que os pais não o façam - mesmo tendo condições financeiras - e até mesmo que se queixem se o filho não se manifestar para sair de casa.

E eu acho que essa ruptura entre pais e filhos tão cedo é a origem de outra coisa que me chocou bastante aqui. Eu morei por alguns meses em um prédio de Québec que é conhecido por abrigar muitos aposentados de classe média daqui (professores, médicos, etc). Para você terem uma idéia sempre que eu dizia para alguém que morava lá para um quebecois a resposta era: "ah, meu pai mora lá também" ou "meu avô morou naquele prédio vários anos" (antes de morrer, lógico). Enfim, o prédio é estrategicamente planejado para a vida do idoso québecois. Tem supermercado, restaurante, farmácia, dentista, lavanderia, banco, café e loja. Tem clube social onde os vovôs jogam bingo toda quinta-feira. Tem um hospital bem de frente. Na verdade só faltou mesmo a funerária.

Enfim, esses vovôzinhos todos moram sozinhos. São idosos de 75, 80 e até 90 anos. Você imaginaria sua avó de 90 anos morando sozinha? Eu não. Mas, aqui é super comum. O que não é comum são os filhos ou netos os visitarem - mesmo morando na mesma cidade.

A gente acaba sabendo dessas coisas porque os velhinhos adoram conversar. Não tinha um dia em que um deles não me contassem a metade de suas vidas. Assim soube que a vizinha de seus 80 anos ia todos os dias no começo da manhã ao 6º andar visitar o namorado - de seus 85 anos. Que outra morava em um apartamento em um andar mais baixo porque tinha varanda e como ela era do interior não conseguiria morar onde não tivesse. Que uma senhorinha do 17º andar apesar de aparentar seus 75 anos tinha na verdade 95 e enquanto eu estava sonhando com minha cama quentinha e um chocolate quente ela estava descendo para jantar e jogar bingo com os amigos do prédio. E assim escutei muitas histórias em 4 meses no Samuel Holland.

E, se para mim é chocante ver esses idosos sozinhos, eu me dou conta que eles não são infelizes assim. Eles têm uma vida social intensa. Na verdade, deve ser como morar em uma colônia de férias. Piscina no fim da manhã, quebra-cabeças depois do almoço, jantar no restaurante às 17h30 - como todo bom québecois, conversa jogada fora na sala da lareira...

Enfim, para mim continua a ser chocante um pai que tem dinheiro se recusar a pagar a faculdade do filho ou um velhinho de  90 anos morar sozinho por mais feliz que ele pareça ser. São diferenças culturais gritantes. E é por gostar de observar isso tudo, de vivenciar tudo isso, que deixei minha paraíba natal e vim parar aqui no pólo norte.


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Patinoire da Place d'Youville



O inverno no Québec dura muito, muito tempo. Então, como não dá para escapar o melhor a fazer é aproveitar todas essas atividades na neve que para a maior parte de nós parecem um bicho de sete cabeças.

O esporte de inverno que mais gosto de fazer é a patinação no gelo. Não que eu seja boa, longe disso, mas a patinação é algo prático: não preciso sair da cidade, tem um custo baixo e, se eu cair, pelo menos a queda é pequena.

Em Québec a cidade disponibliza várias patinoires (áreas de patinação) ao ar livre ou no interior. Mas, a que eu mais gosto é a da Place de Youville. Me sinto no meio de uma comédia romantica americana quando estou patinando ao lado da muralha da cidade com aquela musiquinha de fundo tocando o tempo todo.




Eu acho essa época do final do outono a melhor época para ir patinar. Não está tão frio e ainda não estamos de saco cheio do inverno. Patinar numa linda tarde de sol do outono, com uma temperatura de cerca de 5ºc é uma sensação maravilhosa.
Ah, e se você nunca patinou, não se assuste. Não é tão complicado assim. Pelo menos se você - como eu - só quer conseguir se manter de pé e deslizar, sem fazer piruetas ou apostar corrida.

 Patinar é algo que se aprende cedo....


...Muito cedo
***

A patinoire da Place d'Youville fica aberta do 15 de outubro até o dia 18 de março das 10h/12h (depende do dia da semana) até às 22h. Patinar é de graça, mas se você é como eu e ainda não se decidiu a desembolsar algumas dezenas de dolares por um patins (o que eu queria era uns 120 dolares!) é possível alugá-los no local por apenas 7,50 CAD.

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Parques de Québec: Bois de Coulonge





Eu adoro parques. Sobretudo no verão, é claro, mas não deixo de passear neles nem no meio do inverno canadense. Perto de minha casa eu tenho quatro opções, mas onde mais vou é o Bois-de-Coulonge, apesar de seu nome um pouco engraçado para quem fala português (lêe-se cúlonge).




O parque fica na Grande-Allée, na altura da Ave. Holland. Para o brasileiro que mora aqui basta dizer que é do lado do prédio da RAMQ, onde todo mundo já foi para fazer uma assurance maladie.




O Parque do Bois de Coulonge é enorme e composto de várias partes. Tem, logo na entrada um bosque maravilhoso, cheio de esquilos (pretos, cinzas, castanhos e aqueles iguais ao tico e teco) e passarinhos que vêm comer castanha na sua mão - sim, apesar de ser proibido alimentar os animais eu já tive essa experiência. 

Esquilinho castanho aproveitando as nozes do outono

Passarinho que pousa na mão

Esquilinho preto rolando na neve


Mais na frente, logo após o prédio que acredito ser da administração (onde tem o banheiro), tem um imenso gramado onde no verão tem gente jogando bola, frisbee, fazendo pique-nique ou apenas deitado, curtindo os dias de calor no pólo norte.


Pise na grama! Aqui ela é feita para isso.

Gramado no inverno. Hora de fazer raquette!


E ainda tem cantinhos onde o número de árvores e arbustos frutíferos são maiores. Já vi maçã, cereja, framboesa, blueberry e outras frutinhas que, confesso, não tenho a menor ideia do que sejam, nem se são comestíveis.

Plaquinha com a espécie de cada planta


Cereja

No meio disso tudo tem diversas trilhas para caminhar ou correr e, ainda, um parque com brinquedos para as crianças menores.

Parquinho

Lindo

Trilha

Estando a apenas 10mn de caminhada de minha casa esse é, com certeza, meu local preferido para caminhar, seja verão ou inverno.


Cães são bem vindos!

E eles fornecem até os saquinhos!


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Dia a dia: ônibus

Hoje vou falar um pouco sobre o sistema de transporte público de Québec. Aqui não tem metrô, então quem não tem carro tem que se conformar com o bom e velho busão.

Existem 4 linhas de metrobus que são ônibus que utilizam uma via reservada e passam com uma frequencia maior. São eles: o 800 (liga Beauport à Ste-Foy), o 801 (liga Charlesbourg à Ste-Foy), o 802 (liga montcalm â Beauport) e o 803 (Passa por lebourgneuf e chega até Limoilou). Para saber o roteiro exato o melhor é dar uma olhadinha no site do RTC. Lá também é possível simular um percurso através do Trajeto.

Existem outras linhas, é claro, mas elas estão sujeitas ao trânsito e passam com menos frequencia, algumas podendo ter apenas algumas passagens por dia.

Quanto aos pontos existem três tipos: o abrigo com calefação, o abrigo normal e a plaquinha no poste. Como poucos são os abrigos com calefação na cidade o melhor é se programar direitinho para chegar na hora exata que o ônibus passa durante o inverno.

Ponto de ônibus apenas com a plaquinha indicando o ônibus que passa

Ponto de ônibus om abrigo sem aquecimento

Trajeto da linha afixada no ponto do ônibus


Pois é, é possível verificar o horário exato em que o ônibus vai passar acessando o site da RTC ou os folhetos que são distribuídos em alguns pontos da cidade (no próprio ônibus, nas farmácias, no supermercado, etc.). No entanto, recomendo muito chegar no ponto um pouco antes do horário marcado, pois acontece do busão passar com alguns minutos de antecedência.

No inverno em dias de tempestade de neve ou de verglas é uma loteria. Jã fiquei mais de 1 hora e 15mn esperando um ônibus que deveria passar no máximo a cada meia hora.

O preço da passagem simples, comprando com o motorista, é de 2,75 doláres, mas é possível comprar passes mensais em pontos de venda como o couche tard, alguns supermercados e algumas farmácias.

Dicas e curiosidades:

- Quando for comprar o ticket com o motorista do ônibus é necessário dar o valor exato da passagem. Eles não dão troco.

- Para abrir a porta é necessário tocar nela quando o ônibus para e a luz verde é iluminada. Senão vai pagar o mesmo mico que eu se pedir para o motorista abrir.

- Guarde o comprovante de pagamento do passe mensal. Ele servirá quando for fazer seu imposto de renda do ano seguinte.

- Se comprou um ticket individual e vai pegar mais de 2 ônibus, peça ao motorista o transfert para não precisar pagar uma nova passagem.

- No vieux-québec existe o Ecolobus que são movidos à eletricidade. Até ano passado o serviço era oferecido gratuitamente mas como os taxistas não estavam gostando nada de perder esse dinheirinho dos turistas agora é cobrado 1 dólar daqueles que não possuem o passe mensal.

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