E o inverno? (parte 2)

Vestida para a guerra!

Além de um estoque de vitamina D é preciso ter as roupas adequadas para enfrentar o inverno se medo. Na minha opinião, o que deve ser comprado depende de vários fatores, sobretudo se a pessoa vai ter carro ou não, se é to tipo que faz longas caminhadas no parque mesmo quando está fazendo -20o c, etc.

No meu caso - que não tenho carro e ainda por cima gosto de passear mesmo no inverno - eu investi em um bom casaco. Depois de muita pesquisa comprei um North Face Artic Parka. Escolhi esse casaco primeiro porque o North Face tem  a reputação de aguentar o tranco. Depois levei em consideração que eu queria um casaco longo (na altura dos joelhos) e com pelinho no capuz. Também contou em seu favor a percentagem de duvet (que é o que esquenta) e o fato dele ter um sistema que repele o vento (que é o que mata aqui). Posso dizer que esse casaco esquenta! E esquenta tanto que acabei comprando um outro casaco, curto, para usar em dias menos frios. Assim o north face só entra em ação nos dias de extremo frio (máxima abaixo de -10o c), durante uma tempestade de neve com muito vento ou quando prevejo passar muito tempo no exterior. Porque se eu sair com ele quando faz -5o c é pedir para passar calor. Outra coisa que me faz não usá-lo algumas vezes é que ele é bem pesado. Então é um saco carregá-lo no shopping (impossível permanecer com ele vestido em ambiente fechado a não ser que eu queira cozinhar).

Meu outro casaco é curto e comprei na guess durante a promoção do ano passado. Adoro ele. É bem mais leve que o outro e gosto de como ele veste. Uso ele entre -10oc e 15o c. Acima disso ele começa a ficar muito quente então passo para meus casacos de verão. :o)

Dia não muito frio.


Outro item indispensável para encarar o clima polar canadense é uma boa bota de inverno. Eu comprei uma bota da Columbia, mas, sinceramente ou meu pé tem um problema ou a bota tem. Porque tem dias que ela cumpre seu papel, mas em outras ocasiões dá a impressão que meu pé vai congelar. E é totalmente aleatório. Nem sempre é porque está mais frio ou porque fico mais tempo no exterior. Já tentei também mudar o tipo de meia e não achei a solução. Então não recomendo muito a bota não. No próximo inverno comprarei uma outra e espero ter mais sorte.

Também tenho uma calça de neve que uso muito raramente. Leia-se: usei três vezes em 1 ano e oito meses de Canadá. Uma vez para esquiar, outra para ir ao Valcartier fazer glissade e uma terceira para ir à fête des neiges. Eu não costumo ter frio nas pernas então eu só uso mesmo quando corro o risco de praticar algum esporte de inverno e, consequentemente, cair na neve.

Fora isso meu kit inverno ainda tem meia-calças, luvas (uma fina para o outono, uma mitaine para o inverno e uma luva impermeável para a neve), gorros, cache cou (para os dias mais frios) e muitos, muitos cachecóis (tenho uma pequena mania por cachecóis). Esses acessórios eu costumo comprar na Aubanerie. Também tenho coisas da Old Navy e da Century XXI.

Para complementar acho que só faltou dizer que os casacos cumprem tão bem seu papel que normalmente por baixo dele eu uso uma roupa normal que usaria até mesmo em João Pessoa. Minhas blusas de lã ficaram obsoletas e raramente as uso, pois uma vez no ambiente fechado (trabalho, shopping, curso...) faria muito calor com elas.

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E o inverno? (Parte 1)

Tirolesa: eu fui!


Quando se pensa em Canadá, acho que uma das primeiras imagens que vem à mente é a do frio intenso e montanhas de neve. Mas, como é viver no frio?

Esse é meu segundo inverno no Canada e pude constatar o que já haviam me dito: nenhum inverno é igual ao outro. Esse ano está tudo mais light. Estamos no fim de janeiro e ainda não bati meu record do ano passado (-43o c), só tivemos umas 3 tempestades (e fraquinhas) e tivemos pluie verglaçante e temperaturas positivas essa semana.

Mas, mesmo assim o inverno ainda é frio. Muito frio para os padrões brasileiro e mesmo europeu.  E é preciso uma certa preparação para enfrentá-lo.

Primeiro acho importante se preparar psicologicamente. Não adianta passar o ano todo dizendo que odeia o inverno e resolver morar no Canadá. Se fizer isso você vai perder o verão se lamentando por algo que ainda não chegou e quando o inverno chegar as chances de ficar deprimido são bem maiores. É preciso aproveitar o que há de melhor em cada estação. O inverno aqui vai chegar. É fato. Então aproveite para fazer bonecos de neve, ir no valcatier, conhecer o carnaval de Québec, descobrir o Igloo Fest, ou, simplesmente, tomar uma xícara de chocolate quente vendo a neve cair. Aproveite, entre no clima - literalmente - e você verá que o inverno também tem seus encantos.

Vai uma tire d'érable?


Além da mente o corpo tem que ser cuidado. Para mim o pior mês do inverno nem é inverno ainda. É em de novembro e no começo de dezembro que eu me sinto pior. Isso porque é nesse período que a luz solar diminui. O dia amanhece as 7h e as 15h30 o sol já está se pondo. Então durante a semana, enquanto trabalho, só vejo o sol durante uns 15 minutos por dia, porque o resto do tempo estou dentro de um escritório. E o corpo reclama da falta de sol. É impressionante! Eu começo a me sentir cansada, a detestar e xingar o inverno (sim, eu faço isso), etc. Para mim a vitamina D funciona bem. Quando começo a notar esses sintomas eu tomo logo meu comprimidinho e melhoro. Então meu conselho é: tenha sempre um frasco de vitamina D em casa!

***

Continua...

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Nostalgia gastronômica



Quando nos mudamos de pais sempre sentimos falta de alguma comida de nossa terra. Coisas que, na minha opinião não são melhores nem piores do que o que encontramos em nossa nova pátria, mas nos são familiares, reconfortantes.

***

Essa semana ao ler em algum lugar que o queijo la vache qui rit era igual ao polenguinho brasileiro me lembrei de uma coisa:

Como eu já comentei no começo do blog eu morei dos 13 aos 17 anos na França. Foi lá que conheci várias comidinhas das quais até hoje eu sinto essa nostalgia gastronômica ou que passaram a fazer parte de meu dia a dia, como o nutella. E foi lá que experimentei pela primeira vez o queijinho da vache qui rit, que passou a fazer parte de nosso dia a dia francês.

Aos 17 anos, ao voltar ao Brasil, comi pela primeira vez um polenguinho. Minha reação? Foi acha-lo igualzinho ao vache qui rit. E passei comer o polenguinho quando batia aquela nostalgiazinha, aquela vontade de comer o queijo de minha infância que era o da vache qui rit.

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