A importância do inglês


Ao contrário do que se possa imaginar o inglês é importante aqui no Québec, inclusive na cidade de Québec. Não para o dia-a-dia, pois se você tem um francês legal vai conseguir resolver tudo em francês mesmo. 

Mas, a coisa muda de figura quando se vai trabalhar. É certo que em muitas áreas o inglês não é requerido, mas é bom o aspirante a imigrante atentar que o inglês pode ser um requisito essencial ou determinante na busca de um emprego, mesmo em Québec.

Eu, por exemplo, sou advogada e apta a trabalhar como técnica jurídica. Um dos motivos que escolhi a cidade de Québec para morar é que a percentagem de ofertas onde se requer o inglês é bem menor que em Montréal. Mas, mesmo aqui apesar muitas vagas se restringem a aceitar um candidato com um francês impecável (lembrem-se aqui o assistente jurídico é quem corrige as petições do advogado que, ele, não precisa saber escrever corretamente!), várias delas demandam, também, um inglês perfeito. E quando falamos de um escritório de envergadura nacional ou internacional a exigência do inglês é quase sempre uma unanimidade. E não basta se virar. Tem que ser muito bom.

Não pense, no entanto, que a exigência da língua inglesa se dá apenas no ramo jurídico. Se você quiser trabalhar com turismo (desde recepcionista de hotel até agente de viagem) o inglês também é indispensável. Uma colega do SOIIT estava tendo dificuldades em conseguir emprego nesse ramo justamente por ter um inglês básico. E não pára por ai. Muitas empresas (fabricantes, seguradoras, transportadoras, etc) que têm negócios com o resto do Canadá ou outros países também requerem o uso de inglês para cargos como recepcionista, adjunto administrativo, agente de vendas, etc.

É possível trabalhar aqui apenas com o francês afiado? Sim, claro. Mas, se você for bilingue francês-inglês o leque de opções de emprego será bem maior, mesmo numa cidade francófona como Québec.

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • Twitter
  • RSS

4 Response to "A importância do inglês"

  1. Alexei Aguiar says:
    30 de julho de 2010 às 03:24

    É verdade. A oferta da vaga a qual eu consegui só exigia inglês. A empresa é multinacional e temos reuniões semanais com gente dos EUA. É a globalização.

  2. naná says:
    3 de agosto de 2010 às 06:39

    Isso é muito importante! Tem gente indo pra Québec Ville 'arrotando' (desculpe-me o termo), que odeia falar inglês e etc. Muitos se esquecem que vivemos em um mundo globalizado e que as melhores vagas sempre ficam com quem tem um idioma a mais...rs. Bjs!

  3. naná says:
    3 de agosto de 2010 às 06:39
    Este comentário foi removido pelo autor.
  4. MARDEN BASTOS says:
    6 de agosto de 2010 às 10:41

    Muito interessante este seu post. Ter esta visão in loco como residente é diferente da visão de turista, porque quando estive em Quebec eu conseguia me comunicar perfeitamente em inglês nas empresas maiores, hotéis, restaurantes de rede, mas ficava muda ou gesticulante em comércios menores onde o dono ou funcionário só fala francês. Para quem está no Quebec, saber dominar o inglês abre um leque enorme, porque o Canadá anglofono é bem maior que o francofono, mas quem fala francês tem seu diferencial no lado de cá.Quando assisti a uma palestra no open house da York University sobre carreira, eles frisaram muito o domínio de uma segunda língua e segundo eles, o profissional que domina o francês ,no mercado de trabalho eles podem ter de 30 a 40% de ganhos a mais.Foi por esta razão que incentivei meus filhos a fazer o programa bilingual da York-que no caso deles vai ser trilingual na essencia, porque eles vão incorporar o português no diploma. E é por isto que vou dar sequência ao meu segundo módulo do curso de francês neste outono. Nós nunca sabemos de onde a oportunidade virá!