Abrir a conta bancária ainda no Brasil?


Além do HSBC, o Banco Desjardins permite abrir sua conta bancária ainda no Brasil. Eu ainda estou pesquisando se vale a pena aderir ao serviço. Alguém já utilizou?


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Segunda parada: Estados Unidos, “a aventura”


Voltei ao Brasil no 2º ano do segundo grau, prestei vestibular e entrei para a faculdade de direito. Um ano antes de me formar encasquetei que iria realizar um antigo sonho: estudar inglês nos USA. Pesquisando qual escola se enquadraria no meu reduzidissimo orçamento (que na época se resumia a menos de R$ 1.000,00 e muita cara de pau para pedir um pouco de dinheiro para mãe, pai, avó, tio, vizinho, conhecido e desconhecido) dei de cara com um programa desconhecido nessas bandas do nordeste: o work experience

A proposta era ir para os USA com um visto que me permitia trabalhar legalmente por até 4 meses, pagando para isso o equivalente a 1 mês de curso de inglês numa escola chinfrim. Era perfeito! Quatro meses era muito mais do que eu esperava. E ganhar dinheiro que me permitiria comprar umas bugigangas era um plus irrecusável.

E assim, em dezembro de 2002, após concluir meu curso de direito, rumei para South Lake Tahoe, uma estação de esqui na fronteira dos Estados de Nevada e da California. Dessa vez nenhuma mordomia. Tive que correr atrás de tudo: visto, passagem aérea, programa de intercâmbio, estadia, roupas... 


Apesar de cair de paraquedas em um pequeno hotel carinhosamente apelidado de ThunderFLEA (de pulga mesmo) onde se desenvolviam algumas atividades suspeitas (leia-se boca de fumo), quase ter quebrado minha perna no primeiro dia porque, inexperiente, resolvi subir na estação de esqui com uma bota de cidade, com solado liso, e de outros muitos micos, eu sobrevivi. Para espanto de alguns, já que sou sócio-fundadora do clube dos sedentários, trabalhei em uma estação de esqui porque coloquei na cabeça que queria  aprender a esquiar. Sou assim, só gosto de esporte difícil (vai esquiar na Paraíba...). Acho que porque diminui muito as chances de ser obrigada a praticar. Mas, enfim, amei a experiência. Aprendi a esquiar e “snowbordear” depois de muitas quedas. Ah, e trabalhei nos intervalos. 

Como tudo que é bom dura pouco quatro meses depois eu estava de volta  à labuta, advogando de verdade no Brasil.

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Escolhendo a companhia aérea



Visto recebido, minha primeira providência foi escolher a companhia aérea que me levará às terras geladas. E, depois de muita pesquisa e ponderações, a escolhida foi a American Airlines. Os motivos foram os seguintes:

Preço: A American Airlines permite a compra de milhas através de seu site. Na baixa estação, um bilhete de ida para o Canadá "custa" apenas 20.000 milhas que podem ser adquiridas pela bagatela de U$ 500,00. Claro que tem mais umas taxinhas, mas o total a passagem sai por menos de U$ 650,00. Ah, durante o mês de fevereiro de 2010, ao adquirir 20.000 milhas ainda ganha um bônus de 4.000 milhas que podem ser usadas para a compra de uma eventual passagem de volta. O preço fica ainda mais atrativo quando se considera que a concorrência oferece passagens pelo valor de U$ 1.100,00 (united, bilhete de ida e volta com validade de apenas 3 meses) ou mais - considerando o trecho Recife-Montreal ou Recife-Quebec.

Duração da viagem: Estou em João Pessoa. O vôo das outras companhias aéreas partem do sudeste, principalmente, de São Paulo. O da Air Canadá, por exemplo, sai de São Paulo às 20h10 e como é necessário chegar com algumas horas de antecedência eu teria que pegar o vôo que sai de João Pessoa às 5 horas da manhã e passar quase 12 horas esperando o vôo da Air Canada em Guarulhos. Depois ainda teria que pegar o vôo Toronto-Québec, chegando ao destino aproximadamente às 12h do dia seguinte. 

Pela American Airlines eu saio de Recife às 11h30 da manhã e chego em Montreal pouco antes da meia-noite, fazendo uma rápida escala em Miami. Claro que ainda teria que fazer o trecho João Pessoa-Recife e Montréal-Québec. Mas, eu posso ir a Recife no dia anterior e aproveitar para torrar uma diária do bancobrás de minha mãe no excelente Atlante Plaza, tomar um café da manhã maravilhoso e ir para o aeroporto totalmente descansada. Ao chegar em Montréal eu pretendo passar a noite em algum dos hoteis próximo ao aeroporto (usando o serviço de free shuttle) e no dia seguinte alugar um carro e me aventurar pelas estradas canadenses, até chegar a Québec. Nada que o GPS e um pouco de coragem não resolvam.

Pode parecer mais cansativo ter que pegar estrada, mas no final das contas seria o mesmo tempo total, com a vantagem de não acordar de madrugada nenhuma vez e ainda ter a comodidade de usar um carro no primeiro dia em Québec.

Pets: Eu não sou casada nem tenho filhos, mas não irei sozinha ao Canadá. Merlim & Lancelote, dois poodles, o primeiro candango e o segundo paraibano da gema, irão brincar na neve tão logo eu consiga alugar um apartamento definitivo. E, para eles o caminho mais curto até o grande norte é esse vôo da American. E ai estou considerando o tempo total de vôo que eles ficarão sem supervisão de um membro de minha família. Na Air Canadá seriam 30 horas, na American Airlines seriam 13 horas. Tem o que pensar? Bem, tem. Sempre tive boas referências do atendimento aos pets dado pela Air Canada, mas pouca coisa sei sobre a American Airlines. Então viajar por essa companhia é uma maneira de fazer um test drive. Ver como é o atendimento da empresa com humanos, pode indicar o tratamento que será dado aos peludos. E esse foi o ponto que mais pesou na minha escolha .

Outras vantagens: a American Airlines permite que se faça um stop em Miami sem custo adicional (o que eu não vou usar). E, caso seja necessário, a data da viagem também pode ser alterada sem qualquer custo.

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Assim, decisão tomada, passagens emitidas, embarco para Montreal no dia 8 de maio em um vôo com origem no Recife, e conexão em Miami, nos USA. No dia 9 de maio após uma curta viagem de carro, com a imprescindível ajuda do GPS, devo chegar em Québec para começar uma nova vida.

Para saber como adquirir as milhas da American Airlines indico o blog Canadá arretado de bom.

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Primeira parada: França, “a mordomia”


Quando eu tinha pouco mais de 11 anos de idade minha mãe disse que poderiamos ir morar na França onde ela pretendia fazer um doutorado por quatro anos. Contrariando todas as regras dos pré-pré-pré-adolescentes amei a idéia de mudar de país e passei os meses seguintes lendo e relendo um desses livretos de francês para viajantes e sonhando com aquela aventura.

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Mudar de país sem se preocupar como obter os vistos, comprar passagens, escolher a primeira morada ou se é melhor levar o dinheiro em espécie ou traveller check. Tem coisa melhor? 

Assim foi a minha mudança para a França, aos 13 anos de idade, na qualidade de filha de uma doutoranda. Todo o trabalho duro ficou para os adultos e quando cheguei em Toulouse, quase um mês depois de minha mãe, a casa estava montada e meu primeiro pijama de flanela me esperava em cima da cama. 

Mamãe, ao contrário de muitos brasileiros na França, resolveu que não iríamos "acampar" por 4 anos, mas sim ter um verdadeiro lar. Nada de colchonetes no chão de um microscópico apartamento em um bairro afastado. Levamos baixelas, quadros e outros objetos de arte que foram instalados em um novíssimo apartamento ao lado do Jardin Japonais. Com certeza chegar em um lar aconchegante foi muito importante em minha adaptação, como criança/adolescente, em um novo país.

Uma semana após nossa chegada comecei a estudar na escola do bairro, em uma classe que só contava com franceses nativos. Graças a  uma "Principale" compreensiva com meus tropeços lingüísticos e a três meses de aula diária por meio período em um curso intensivo na Aliança Francesa consegui acompanhar a turma e passar de ano mesmo sem ter feito 99% dos exames anuais.

Em pouco tempo uma rotina se estabeleceu fazendo com que aquela cidade no sul da França se tornasse um pouco minha cidade natal.

Ao final desses quatro anos voltamos para o Brasil. Decididamente, a pré-pré-pré-adolescente que lia o livreto de francês incansavelmente tinha toda razão: não tem nada melhor do que conhecer o mundo.

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Apresentação


Sou a Manuela, paraibana, solteira, advogada, leonina, descendente de portugueses e italianos (e, provavelmente, de Potiguara), mas com alma de cigana.

Em maio me mudarei de mala, cuia e cachorros para a cidade de Quebec, no Canadá, após ter conseguido meu visto de residente permanente através do processo de imigração pela Província de Quebec.

Lendo os blogs dos brasileiros no Canadá vi que cada pessoa tem um motivo bem pessoal para estar mudando de país. Uns buscam qualidade de vida, outros fogem da criminalidade, por exemplo. Para mim a decisão de morar fora não tem uma razão objetiva, mas é o resultado de uma vontade inata de conhecer o mundo com alguns eventos que marcaram minha vida e tiveram início ainda na infância.

Nos próximos posts falarei um pouco sobre essa e outras viagens que me levaram a decidir morar em Quebec.

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